"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que do inferno não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."
Ítalo Calvino

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Satisfeita e sem palavra

Como diria Millôr Fernandes:
O homem brilhante, capaz de raciocinar a todo momento, dinâmico no seu pensameto, varia e muda com o tempo e não é mais hoje o que era há dez anos atrás. Mas o imbecil, que só tem uma idéia, incapaz de raciocinar é, forçosamente, um homem de grande covicção.
Por isso votei nulo: pela mais pura falta de convicção no voto útil que me cabia (para impedir o louco de chegar ao poder).
Não sei que tipo de caroneira serei agora - na teoria política dos jogos - mas espero que a canoa em que eu entrei de carona seja menos furada do que parece.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Batendo em retirada

Estou em P Â N I C O com a possibilidade de ter Leonardo Quintão como prefeito de Belo Horizonte.
Estou tão apavorada que chego a me arrepender por não ter votado no Lacerda no primeiro turno para evitar o segundo. E mais arrasada ainda agora, após ver a Jô no programa eleitoral - eu quase me arrependo por ter votado nela.
Arrependimentos à parte, voto agora no Lacerda, mesmo sabendo que ele é um filho da puta (pobres putas) que está envolvido em todas as falcatruas possíveis e que está trabalhando junto ao nosso querido governador para a construção do mineroduto minas-rio, juntamente com Eike Batista e sua curriola...
Entre o liberalismo e o fascismo, bem melhor o primeiro, que pelo menos precisa deixar vivas as suas vítimas.
Como diria Gil, "o sonho acabou, quem não dormiu no sleeping bag nem sequer sonhou".

Pensando melhor,

como é mesmo que se chega em Passárgada?

domingo, 5 de outubro de 2008

Alea jacta est


"A soberania não pode ser representada, pela mesma razão que não pode ser alienada; ela consiste essencialmente na vontade geral, e a vontade de modo algum se representa; ou é a mesma ou é outra; não há nisso meio termo."
Jean Jacques Rousseau

Paixão é isso! Não resisti e pus também a Capricciosa 9

Meu TioZão queridão! - Capricciosa 10 (Barriosita)

sábado, 4 de outubro de 2008

Ou eu ou eles... pequena canção para as eleições municipais

Get out of town
Before it´s too late my love.
Get out of town
be good to me please

Why wish me harm
Why not retire to a farm
and be contented to charm
the birds off the trees

Just desappeare
I care for you much, too much
and when you´re near, close to me dear
We touch too much

The thrill when we meet is so bittersweet
that darling, ist´s getting me down
so on your mark get set
get out of town

Sexta-feira, Zé do Caixão, conselhos sentimentais e ofícios do professor...

O Zé do Caixão entrevista Xico Sá!
Solteiras desesperadas procuram.
Alunos desesperados também!
Vinho e sono...
Entre o Xico e o Zé, conversas sobre a boca do lixo, prostitutas em fim de carreira, travestis que erraram 5 colocações de silicone. "Histórias nem mais de esperança, por que não se trabalha mais com esperança." "Histórias de fim." "Sobra de uma certa humanidade de São Paulo." Índias bolivianas clandestinas que se protituem. "Foder ad infinitum... "Começou a chover. A cama vindo descendo pela Augusta! Titanic da putaria!"
"No futebol, todo mundo se tornando evangélico. Ninguém mais pula o muro da concentração."
"Todo gol é autoria de Jesus."
O fim da era de Romário, Neto, Casagrande, Garricha.
"A safra da boa indecência do futebol."
Até aqui, tudo Xico Sá e Zé do Caixão.
E o Xico convidou o Zé para comer um tatu-peba.
Será um peba na pimenta?
E domingo a eleição.
As obras continuam. O dia inteiro em obras, barulho infernal. Viva o ano eleitoral.

Nos Estados Unidos, o capitalismo desafia o mundo a reinventá-lo. Por que, afinal, reinventar o capitalismo e não o mundo?