"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que do inferno não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."
Ítalo Calvino

sábado, 6 de setembro de 2008

Sexta-feira, feiticeira e recapeamento eleitoral

Depois de trabalhar até as 22:35h falando de controle social, estratificação social, papel social e o escambau, o negócio é chegar em casa e assistir qualquer bobagem, beber alguma coisa (já que a lei seca me impede de fazê-lo na rua), não pensar muito e cair no sono. Um sonho de tranqüilidade (quase um tédio), não fossem as eleições municipais. Nessa eleição estranha, de partidos camuflados e agrupados, que alia governador tucano e prefeito estrelado para eleger um candidato apartidário (o que foi feito dos socialistas que agora têm como representante um empresário?). Toda a cidade está sendo restaurada, reformada, maquiada. Inclusive a minha rua, onde ao invés de fazerem nela um canteiro de flores, fizeram dela um canteiro de obras. À meia-noite de sexta-feira (já troquei a feiticeira pelo Zé do Caixão que entrevista Sílvio Luiz) o barulho é infernal. Enfim, mais um bom motivo para votar na Jô!

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