"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que do inferno não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço." Ítalo Calvino
No outro dia, ao saírem de Betânia, Jesus teve fome. Avistou de longe uma figueira coberta de folhas, e foi ver se encontrava nela algum fruto. Aproximou-se da árvore, mas só encontrou folhas, pois não era tempo de figos. E disse à figueira: "Jamais alguém coma fruto de ti!" E os discípulos ouviram esta maldição. (Marcos 11)
Diante desse exemplo da tolerância de Cristo, acho que o papa pensou que a figueira era gay...
Há outros dias que não têm chegado ainda, que estão fazendo-se como o pão ou as cadeiras ou o produto das farmácias ou oficinas - há fábricas de dias que virão - exitem artesãos da almaque levantam e pesam e preparam certos dias amargos e preciosos que de repente chegam à porta para presentear-noscom uma laranja ou de repente assassinar-nos de imediato. (Pablo Neruda -Últimos Poemas)